Houve um tempo em que eu quisera viver de uma abstração tão profunda, tão arrebatadora, que nem estranhara que uma ideia pode ter infinitos corpos. Depois de vivido, perdido e morrido nesse tempo, tudo que consegui foi tentar resguardar-me de viver dessa ideia, de manter-me numa segura medida de segurança: Tento manter minha alma distante, nem tão perto para não ouví-la, nem tão longe para não perdê-la.